terça-feira, 16 de outubro de 2012

UM OLHAR SOBRE A EDUCAÇÃO


“Oferecemos a educação e ela fará o resto[1]” (MENEZES, 1982, p.123), com essa abordagem faço uma reflexão sobre a educação e sua importância.
Antes de qualquer coisa pensemos no que vem a ser educação, para assim melhor compreender sua importância na construção da cidadania.
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira[2] define educação, assim: “Processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral do ser humano”, o que nos leva a entender que esta ocorre durante toda a vida, e tendo em vista que somos seres sociais, recebemos influências do meio, de forma que cabe a nós digerir as informações, selecionando-as para poder melhor aplicá-las na vida.
Sabemos que a educação é fundamental no processo de formação da cidadania, é impossível dissociar a mesma deste contexto, pois um cidadão educado se torna capaz de buscar direitos ou mesmo de contribuir mais ativamente na construção de uma sociedade mais consciente.
A educação liberta o cidadão, se não financeira, mas socialmente, dando-lhe condições de compreender melhor o contexto no qual vive, buscando, assim, lutar para a conquista de uma melhor qualidade de vida.
O cidadão tem direito a se educar, sabe-se, porém, que na atualidade vimos sentindo as dificuldades enquanto educação do interesse dos estudantes, que se encontram rodeados de ofertas diversas do cotidiano, muitas das quais detentoras de distorções de valores, estas, principalmente nos universos musical e televisivo.
Muitos professores na atualidade mostram-se fragilizados quando em exercício de seu ofício, pois à medida que lança mão de estratégias diversas, na intenção de oportunizar os estudantes a uma melhor apropriação das propostas, visando, obviamente, uma inserção mais consciente no mercado de trabalho, muitas vezes na conjuntura atual, sofrem agressões morais e/ou físicas, o que nos leva a pensar permanentemente a respeito de questões como: “É esse o cidadão que queremos para o futuro, sem princípios e/ou mesmo ideologias?”, “Enquanto cidadãos, o que temos feito para conquistar uma sociedade mais consciente e mais participativa?”.
Diante do contexto atual, pensar em educação é pensar em construir meios que possam garantir a formação de uma sociedade participativa, justa e consciente, mas a questão é difícil, tendo em vista que a mesma tem direcionado tais e todas as funções para o professor, como se este fosse o único agente a participar da formação de uma nação e de seus cidadãos. Será justa tal postura social?
Mediante as tantas dificuldades vislumbradas na educação, que nos deixa aturdidos, fica a indagação: “Que sociedade queremos para o futuro?”.


[1] Ver Menezes, Antonio Rafael de. Educação: A revolução que não foi feita. Recife: CEPE, 1982.
[2] Ver Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda. Miniaurélio Século XXI Escolar: O minidicionário da língua portuguesa. 4. ed . rev. Ampliada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

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