“Oferecemos a educação e ela fará
o resto[1]”
(MENEZES, 1982, p.123), com essa abordagem faço uma reflexão sobre a educação e
sua importância.
Antes de qualquer coisa pensemos
no que vem a ser educação, para assim melhor compreender sua importância na
construção da cidadania.
Aurélio Buarque de Holanda
Ferreira[2]
define educação, assim: “Processo de desenvolvimento da capacidade física,
intelectual e moral do ser humano”, o que nos leva a entender que esta ocorre
durante toda a vida, e tendo em vista que somos seres sociais, recebemos
influências do meio, de forma que cabe a nós digerir as informações,
selecionando-as para poder melhor aplicá-las na vida.
Sabemos que a educação é
fundamental no processo de formação da cidadania, é impossível dissociar a
mesma deste contexto, pois um cidadão educado se torna capaz de buscar direitos
ou mesmo de contribuir mais ativamente na construção de uma sociedade mais
consciente.
A educação liberta o cidadão, se
não financeira, mas socialmente, dando-lhe condições de compreender melhor o
contexto no qual vive, buscando, assim, lutar para a conquista de uma melhor
qualidade de vida.
O cidadão tem direito a se
educar, sabe-se, porém, que na atualidade vimos sentindo as dificuldades
enquanto educação do interesse dos estudantes, que se encontram rodeados de
ofertas diversas do cotidiano, muitas das quais detentoras de distorções de
valores, estas, principalmente nos universos musical e televisivo.
Muitos professores na atualidade
mostram-se fragilizados quando em exercício de seu ofício, pois à medida que
lança mão de estratégias diversas, na intenção de oportunizar os estudantes a
uma melhor apropriação das propostas, visando, obviamente, uma inserção mais
consciente no mercado de trabalho, muitas vezes na conjuntura atual, sofrem
agressões morais e/ou físicas, o que nos leva a pensar permanentemente a
respeito de questões como: “É esse o cidadão que queremos para o futuro, sem
princípios e/ou mesmo ideologias?”, “Enquanto cidadãos, o que temos feito para
conquistar uma sociedade mais consciente e mais participativa?”.
Diante do contexto atual, pensar
em educação é pensar em construir meios que possam garantir a formação de uma
sociedade participativa, justa e consciente, mas a questão é difícil, tendo em
vista que a mesma tem direcionado tais e todas as funções para o professor,
como se este fosse o único agente a participar da formação de uma nação e de
seus cidadãos. Será justa tal postura social?
Mediante as tantas dificuldades
vislumbradas na educação, que nos deixa aturdidos, fica a indagação: “Que
sociedade queremos para o futuro?”.
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